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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Réplicas de monumentos famosos feitas com palitos

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Incrível arte com palitos de dente. Em seis anos, seis milhões de palitos e 170 litros de cola, unidos com habilidade e paciência, deram origem a uma cidade de palitos de dente.

A cidade foi feita pelo ex-apresentador de TV, Stan Munro de 38 anos, conhecido por construir réplicas de vários monumentos famosos com milhões de palitinhos.
Stan trabalha em seus modelos no Museu de Ciência e Tecnologia em Syracuse, Nova Iorque, Estados Unidos. Suas esculturas mais simples podem durar de um dia a seis meses.
Conheça algumas esculturas de monumentos famosos construídas inteiramente com palitos de dente por Stan Munro.

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Esse edifício abaixo é uma réplica da Catedral de St. Patrick, em Nova York.
Veja a perfeição da  escultura, quando olhamos ela na frente da Catedral.
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Todos os seus modelos são construídos na escala 1:164. Aqui estão alguns de seus arranha-céus: o Edifício Chrysler, a Petronas Towers, Taipei 101, Edifício Woolworth e Met Life Tower.


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Uma versão da Ópera de Sydney, na Austrália. Até mesmo a água azul do porto é feita com palitos.

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A Torre de Spinnaker em Portsmouth

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Mesquita Azul em Istambul na Turquia feita com palitos de dente.

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O Aspire Tower, em Doha, Catar

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Praça de São Pedro e do obelisco no Vaticano .
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A mesquita de al-Haram em Meca .
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Taj Mahal na Índia

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Tower Bridge de Londres, feito inteiramente com palitos

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Brooklyn Bridge e o Big Ben


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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mensageiro dos ventos com palitos de picolé

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Material necessário
- 140 Palitos de Picolé
- Fio de Nylon
- Agulha de mão grande
- Miçangas
- 01 Argola (para dependurar o trabalho)
Como Fazer
- Marque o meio exato de todos os palitos. Para facilitar você pode fazer a marcação em um papel do tamanho do palito e o meio, utilizar esta marcação como referência para marcar todos os palitos.
- Recorte um pedaço de fio de nylon mais ou menos 50 cm, se o fio de Nylon for mais fino corte o dobro e utilize uma linha dupla.
- Prenda uma miçanga na ponta da linha e depois comece a passar o fio pelos palitos, tomando o cuidado de passar a agulha bem no meio, para que os palitos fiquem bem certinhos.
- Para finalizar passe duas miçangas e na última passe a agulha novamente através dela.
- Puxe bem o fio de nylon e amarre bem a última miçanga. O mensageiro precisa ficar bem firme e apertado, pois senão pode abrir em alguns pontos e não formar o espiral corretamente.

Dicas

- Você pode deixar o palito na cor natural e enverniza-lo, porém faça isso antes de montar o mensageiro e espere secar totalmente para montá-lo.
- O mensageiro também pode ser feito com a espiral fixa, ou seja, cole os palitos ao invés de passar o fio de nylon.
- O palito quadradinho pode ser dividido ao meio com uma tesoura.

 


Orrery - o mini planetário

Introdução

No início do século XVIII, Charles Boyd, o conde de Orrery, concebeu e encomendou um dispositivo para simular os movimentos dos planetas que até hoje é conhecido como aparelho de Orrery, ou simplesmente Orrery. Este planetário simples permite várias simulações:
- a órbita da Terra: o ano
- rotação da Terra: dia e noite
- fusos horários
- variação do tamanho do dia
- inclinação do eixo terrestre: as estações do ano
- as noites polares
- os trópicos
- os círculos árticos
- equinócios e solstícios
- os fusos horários
- os pólos e as coordenadas celestes
- a inclinação da órbita da Lua
- os nodos
- eclipses do Sol e da Lua
Visão geral
 Um Orrery consiste em um dispositivo que suporta um modelo do globo terrestre e permite seu movimento em torno de uma lâmpada que faz as vezes do Sol. Duas polias, uma fixa no bloco móvel e outra presa ao eixo do globo fazem o sincronismo do movimento anual.
 Um mancal, montado sobre o eixo do globo permite o giro de uma haste com uma pequena esfera que representa a Lua. Um disco graduado é usado para indicar o sentido de rotação da Terra, a separação do dia e da noite e a marcação da horas. Ele é pintado nas duas faces, uma para ser usada no pólo sul, a outra para o pólo norte, quando o globo for invertido.
 Um parafuso de fixação do bloco móvel permite o posicionamento do conjunto de modo que a inclinação do eixo da Terra seja ajustada para a latitude local no estudo das coordenadas celestes. Uma bússola pode auxiliar na orientação do conjunto em relação à Terra.



Para fazer um desses aparelhos você vai precisar de:
01- uma bola de isopor de 90 ou 100 mm
02- uma bola de isopor de 20 ou 25 mm
03- um pedaço de madeira de (20 x 20 x 300) mm
04- um pedaço de madeira de (20 x 20 x 40) mm
05- dois blocos de madeira de (80 x 40 x 30) mm
06- um bloco de madeira de (30 x 30 x 40) mm
07- duas polias de madeira de 50 mm de diâmetro
08- um soquete para lâmpada de abajur (tem um furo rosqueado atrás)
09- 12,5 cm de tubo de 3/8" para abajur (tem rosca para fixar o soquete)
10- Uma lâmpada de 40 watts
11- um plugue, com 3 metros de fio duplo (cordão de força)
12- um disco de fibra ou chapa de 60 mm de diâmetro
13- um pedaço de arame duro de 3 mm de diâmetro
14- um pedaço de arame de 1,5 mm de diâmetro
15- uma haste de 5/16" para fixação de telhas onduladas
16- um parafuso francês de 5/16" x 3"
17- duas porcas borboleta de 5/16"
18- tubo plástico fino "espaguete"
19- duas arruelas 5/16"
Nota:
Para sua orientação marque esses números nas peças da figura acima. Isso ajudará na identificação e lhe dará uma visão espacial do conjunto.
Montagem
A- Use a bola de isopor (01) para fazer o globo terrestre. Marque os pólos e faça um furo de 3 mm, diametralmente, unindo os dois. Trace com caneta esferográfica os paralelos principais: o equador, os trópicos (23,5º sul e 23,5º norte) e os círculos polares (66,5º norte e 66,5º sul). Marque os meridianos: de Greenwich (0º) e a Linha Internacional de mudança de datas (180º). Desenhe os contornos dos continentes nas coordenadas aproximadas e pinte com tinta látex. Não use tinta esmalte porque ela dissolve o isopor. Pinte a bolinha (02) de cinza para representar a Lua.
B- Cole, com cola branca, a peça (04) numa das extremidades da peça  (03). Depois de seca a cola faça um furo de 10 mm de diâmetro no meio do bloco (04), atravessando as duas peças. A 15 mm da outra extremidade da peça (03), faça um furo de 3 mm para passar o eixo do globo.
C- Usando o arame mais grosso (13), faça uma peça conforme o desenho:
Dobre cuidadosamente os ângulos, usando um transferidor ou o próprio desenho como base. Estes ângulos nos darão a inclinação do eixo da Terra e a inclinação da órbita da Lua. Sobre o trecho de 26 mm, monte um pedacinho do tubo plástico e em seguida enrole o arame fino (14) formando um mancal que permita o movimento das peças. Corte o arame deixando uma haste de 15 cm. Dobre 2 cm da ponta para fixar a "Lua" (02). Conforme (ajuste) o arame fino de modo que o meio da "Lua" fique no plano do equador da "Terra" quando estiver na posição perpendicular ao desenho. Coloque mais um pedaço de tubo plástico sobre este mancal para fazer um batente para a "Terra". Enfie um pedaço de espaguete plástico de 45 mm na parte inferior do arame grosso e espete no furo feito na barra (04). Faça um furo de 3 mm no centro de uma das polias (07 ) e cole com cola forte (araldite) na ponta do eixo (13).
D- Fure os blocos (05) e arredonde um dos lados conforme o desenho. Fure o bloco (06) para fazer o mordente. Depois de lixar cole o tubo de 3/8" com cola forte em um dos blocos. Faça um furo de 10 mm no centro da segunda polia (07) e monte sobre o bloco com cola.
As hastes para fixação de telhas onduladas são facilmente encontradas nos depósitos de material de construção e são fornecidas retas e com tamanhos variados. Meça 11,5 cm a partir do final da rosca da haste (15) e corte. Dobre 4 cm na ponta em angulo reto. Cole um pedacinho de borracha sobre o mordente (bloco 06) e monte o conjunto usando uma arruela entre a porca (17) e o bloco. Fixe um bloco (05) numa mesa e monte o segundo bloco usando o parafuso (16), uma arruela (19) e uma porca borboleta (17).
E- Monte a barra (04) no tubo e rosqueie o soquete na ponta. Passe o fio por dentro do tubo e faça as ligações necessárias. Cuidado na hora de montar o soquete para não torcer os fios que podem provocar um curto-circuito! Monte o cordão de força (plugue + fio duplo) com o mesmo cuidado. Instale a lâmpada e teste.
F- Faça um furo de 3 mm no centro do disco (12). Sobre o disco, faça a divisão das 24 horas e pinte a metade de cor escura, para representar a noite. Num dos lados desenhe a letra S ou Sul, numere as horas e desenhe uma seta para indicar o sentido de rotação, conforme o desenho. Do outro lado use a letra N ou Norte, e faça a identificação das horas no sentido inverso. A seta também será para o outro lado.
G- Use uma cinta de borracha para ligar as duas polias. Quando girar a barra (04), o eixo do globo vai manter sempre a mesma direção imitando o eixo terrestre. Verifique se os mancais estão girando sem problemas. Monte a "Terra" e a "Lua" nos seus lugares. Este aparelho vai permitir a demonstração de muitas experiências que são descritas na sala 24 - Astronomia.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A LUNETA COM LENTE DE ÓCULOS


João Batista Garcia Canalle
Instituto de Física - UERJ

Resumo

            Neste trabalho apresentamos uma sugestão de como construir uma luneta astronômica utilizando apenas materiais facilmente disponíveis no comércio, de baixo custo e de fácil montagem. No lugar da lente objetiva usa-se uma lente de óculos de um grau positivo e no lugar da lente ocular usa-se um monóculo da fotografia. Os encaixes são feitos com tubos e conexões de PVC. Uma sugestão de como construir um tripé para a luneta também é dada. Apesar de se usar materiais rudimentares, os resultados são satisfatórios. As crateras lunares são facilmente observadas, assim como seu relevo, principalmente nas luas crescentes e minguantes.

Introdução

            Um dos experimentos mais importantes de astronomia básica, isto é, a astronomia do de ensino fundamental e médio, é a construção o telescópio; assim, esta foi a preocupação inicial deste autor em cursos de licenciatura para futuros professores do ensino básico. O desenvolvimento de uma luneta de fácil construção, isto é, de simples montagem, que use materiais de baixo custo disponíveis no comércio, resistente ao manuseio de crianças e adolescentes, e que permita ver pelo menos as crateras lunares, é uma tarefa demorada, pois exige a improvisação de muitos materiais e a construção de vários protótipos. Uma versão anterior, um pouco mais trabalhosa foi publicada por Buso et al (1993).
            O objetivo deste trabalho é mostrar, em detalhes, como um professor de ensino básico, com pouquíssimos recursos, pode construir uma luneta astronômica.
            O professor que constrói um experimento didático terá: 1º) a satisfação de ter construído algo; 2º) a oportunidade de ver, pelo menos, as crateras lunares, oportunidade essa que quase nenhum professor já teve; 3º) com esta modesta luneta, de  fabricação  própria, ele permitirá que seus familiares, amigos e vizinhos olhem através dela e 4º) a oportunidade de mostrá-la aos seus alunos. Quando um professor leva um experimento para a sala de aula, ele consegue, primeiro, chamar a atenção dos alunos para o experimento que ele trouxe e em segundo lugar, mais facilmente motivar o aluno para o tema em questão, favorecendo, assim, o melhor aprendizado do mesmo.
            Sempre que os tópicos de astronomia forem ensinados no ensino fundamental ou médio, cabe comentários sobre a luneta, por exemplo: 1º) poderão ser discutidos os aspectos históricos do seu descobrimento, veja por exemplo, o artigo de Évora (1989); 2º) a luneta poderá ser montada e desmontada, fácil e rapidamente, em sala para mostrar a simplicidade de sua construção, desmistificando com isto, sua complexidade; 3º) enfatizar que este é o principal instrumento de observação dos astrônomos. Além disso, permitir que a luneta passe de mão em mão para que vejam a paisagem (invertida) e, se possível, observar as crateras lunares durante o dia (no final da lua minguante ela é visível de manhã), ou durante a noite (na lua crescente é visível logo ao entardecer e na lua cheia e minguante, um pouco mais tarde).
            Sempre que o conteúdo de óptica é abordado nos livros do ensino médio, esquemas de instrumentos ópticos são apresentados, entre eles o de uma luneta, mas nunca é dada uma  sugestão  de como construir essa  luneta. A seguir é dada uma sugestão de como construí-la, porém, nada impede que, dependendo da criatividade e disposição de cada um, seja modificada, aperfeiçoada, simplificada, etc.

As lentes da luneta e seus encaixes

            A luneta é constituída de duas lentes convergentes, que colocadas uma na frente da outra, separadas por uma certa distância, faz com que objetos distantes sejam vistos como próximos. Na frase anterior está toda a teoria da luneta, mas não tem nada que torne simples sua construção. Por isso, abaixo, damos um procedimento que torna simples sua confecção. Procuramos construí-la com os materiais mais comumente disponíveis no comércio, por isso nada impede que se faça alterações em sua montagem, isto depende apenas das disponibilidades e criatividade de cada um.
            Neste trabalho não será feita análise da trajetória dos raios luminosos dentro do telescópio, primeiro porque não é este o objetivo deste artigo e, segundo, porque tal estudo está feito em muitos livros de Física do ensino médio ou de graduação, veja por exemplo McKelvey e Grotch (1981).
            Os materiais críticos para a construção da luneta são as lentes, as quais são difíceis de se encontrar e de preços elevados, por isso vamos usar lente de óculos no lugar da lente objetiva (aquela que fica na frente da luneta e através da qual entra a luz do objeto estudado; a Lua, por exemplo).
            A lente de óculos é adquirida no oculista (lojas que vendem e montam óculos). Para comprá-la você terá que explicar que a lente será usada na construção de uma luneta astronômica, senão o vendedor irá pedir a “receita” do oftalmologista. Toda a lente tem uma distância focal (f) que é a distância entre a lente e o ponto no qual converge a luz do Sol, quando você segura a lente sob o Sol (com o lado convexo voltado para o Sol) e projeta sua luz num ponto de luz intensa (geralmente tentando queimar um pedaço de papel). Só que o vendedor não vende a lente pela sua distância focal e sim pelo “grau” da lente. Mas não há problema, pois se você quiser lente de 1 m de distância focal, peça a lente de 1 grau, se quiser lente de 0,5 m de distância focal, peça lente de 2 graus e se quiser lente de 0,25 m de distância focal, peça lente de 4 graus, ou seja, a distância focal (em metros) é o inverso do “grau”, o qual tem que ser positivo e a lente incolor.
            Neste artigo vamos sugerir que você compre uma lente de 1 grau. portanto, a distância focal é de 1 metro. Quanto ao diâmetro da lente, peça o menor que tiver, geralmente é 60 mm ou 65 mm, pois você vai pedir para o vendedor reduzir o diâmetro para 50 mm. Como é lente para luneta, ela deve ser incolor, de 1 grau positivo (pois é para ver longe).
            Quando for comprar a lente, leve junto uma luva simples branca de tubo de esgoto (conexão de PVC) de 2” (duas polegadas, que é equivalente a 50 mm), veja o item A da figura 1. Solicite ao vendedor para ele reduzir o diâmetro da lente para 50 mm, para que ela se encaixe dentro da luva.
            A segunda lente da luneta é chamada de ocular; é aquela que fica atrás da luneta, onde você posiciona seu olho. Esta lente geralmente é pequena, cerca de 10 a 20 mm de diâmetro, porque sua distância focal é pequena (20 a 50 mm). Esta lente que deve ser convergente (biconvexa ou plano convexa), também é difícil de ser encontrada. Para substituí-la vamos usar a lente contida nos monóculos de fotografias (pequeno porta-retrato que deve ser visto pela pequena lente, em direção a uma fonte luminosa); peça de letra J na figura 1.
            Estes monóculos são vendidos em lojas de foto. Existem em várias cores, mas não importa a cor, porque você precisar revestir as paredes internas do monóculo (ou porta-retrato) com papel camurça preto ou cartolina preta. Quanto às dimensões do monóculo, creio que ele é do tipo pequeno, isto é, a lente tem diâmetro de 11 mm, a distância focal é de 40 mm, o comprimento do monóculo é de 40 mm e a abertura dele (local onde fica a tampa com a foto) é um retângulo de 18x24 mm. O monóculo tem uma pequena alça, pela qual costuma-se pendurá-lo num chaveiro, a qual deve ser removida lixando-se esta alça com uma lixa qualquer (serve até lixa de unha), ou numa superfície áspera qualquer.
            Compre uma bucha de redução curta marrom de 40 x 32 mm (conexão de PVC facilmente encontrada em casas de materiais hidráulicos ou de materiais para construção). Depois de revestidas as paredes internas do monóculo com o papel camurça preto e retirada a sua “alça”, é só encaixar o monóculo dentro da bucha de redução curta marrom (peça de letra I I’ da figura 1). A abertura retangular do monóculo deve ser introduzida na bucha marrom, no mesmo sentido que seria colocado um cano d’água, de 1”, dentro da bucha. O monóculo se encaixa perfeitamente dentro da bucha. Para preencher os espaços laterais entre o monóculo e a bucha, use durepoxe ou massa de modelar, ou argila, ou simplesmente papel amassado, para que o monóculo fique preso e não vaze luz pelas laterais do monóculo.
            Com a lente de óculos no lugar da lente objetiva e a lente do monóculo no lugar da lente ocular, estão improvisadas as partes mais difíceis de serem conseguidas da luneta, agora é só questão de encaixá-las nas extremidades de dois tubos que corram um dentro do outro.
A montagem da luneta.
                        Lista de materiais necessários para a construção da luneta:

Letra

Quantidade

Descrição de Material

1
luva simples branca de esgoto de 2” ( = 50 mm)
B
1
lente incolor de óculos de 1 grau positivo
C
1
disco de cartolina preta (ou papel camurça preto) de 50 mm de diâmetro, com furo interno de 20 mm de diâmetro
DE
70 cm
tubo branco de esgoto de 2” ( = 50 mm).
FG
70 cm
tubo branco de esgoto de 1 1/2” ( = 40 mm)
H
1
luva simples branca de esgoto de 1 1/2” ( = 40 mm)
II’
1
bucha de redução curta marrom de 40 x 32 mm
J
2
monóculos de fotografia
L
1
plug branco de esgoto de 2” ( = 50 mm)
a
1
lata de tinta spray preto fosco
a
1
rolo de esparadrapo de aproximadamente 12 mm de largura por 4,5 de comprimento
a
1
lata pequena de vaselina em pasta
a
1
caixa pequena de durepoxe ou similar

            Pinte as paredes internas dos tubos DE e FG com tinta spray preto fosco, mas antes de pintá-las coloque um anel de esparadrapo na extremidade E da parede interna do tubo DE e outro anel de esparadrapo na extremidade externa F do tubo GF (veja a figura 1).
            Depois de completada esta pintura retire os dois anéis de esparadrapo acima mencionados, pois eles estarão sujos de tinta. No lugar do anel que estava na extremidade interna E, coloque tantos anéis sobrepostos de esparadrapo quantos forem necessários para que o tubo GF possa passar pela extremidade E do tubo DE e deslizar dentro deste sem muito esforço. Se necessário, coloque vaselina sobre o último anel de esparadrapo.
            No lugar do anel de esparadrapo que estava na extremidade externa F, coloque tantos anéis de esparadrapos quantos forem necessários para que o tubo GF possa deslizar dentro do tubo ED sem precisar esforço, mas sem escorregar sozinho se os tubos ficarem na vertical. Obviamente será preciso fazer a extremidade G, do tubo GF, entrar pela extremidade D, do tubo ED e sair pela extremidade E, e, então, verificar se eles deslizam suavemente sem muito esforço. Se necessário, coloque vaselina sobre o último anel de esparadrapo.
            Seqüência de montagem: coloque o tubo FG dentro do tubo ED, conforme descrito no parágrafo anterior. Coloque estes tubos na vertical, com a extremidade D para cima. Sobre esta extremidade (D) coloque o disco de cartolina preta ( C ). Se estiver usando papel camurça, coloque a parte preta para cima. A finalidade deste disco é diminuir a aberração cromática; este é o nome dado à dispersão da luz branca (separação de todas as cores) após ela passar pela lente. Sem este disco ( C ) nem a Lua é visível. Faça um teste. Continuando a seqüência de montagem: sobre o disco C coloque a lente ( limpe-a bem) com o lado convexo para cima e, então, encaixe a luva A, conforme indicado na figura 1. É importante que o corte da extremidade D do tubo tenha sido feito perpendicularmente ao eixo do tubo DE.
            O monóculo J já está encaixado na bucha marrom I I’, é só encaixar a bucha na luva H e esta, por sua vez, encaixar na extremidade G do tubo GF.
            Está pronta a sua luneta; para ver a vizinhança é só mirar a luneta e deslocar lentamente o tubo GF ao longo do tubo ED para obter a focalização. Também não se esqueça de que a imagem estará se formando a uns 4 ou 5 cm atrás da lente ocular, por isso não encoste seu olho na ocular (monóculo), e sim a uns 4 ou 5 cm atrás do monóculo.
            Atenção: as peças I I’, H e A devem ser encaixadas, mas de tal forma que seja possível desencaixá-las com certa facilidade, para futura limpeza das peças, por exemplo, por isso é recomendável passar vaselina antes de encaixá-las, se for necessário. Em casos extremos use uma lixa fina para desbastar as superfícies de contato e, depois, coloque a vaselina.
            Também não se espante com a imagem invertida. Lembre-se esta é uma luneta astronômica e em astronomia, cabeça para baixo ou para cima é só uma questão de referencial.
            A aproximação (ou aumento) que esta luneta proporciona é igual à razão entre a distância focal da objetiva pela distância focal da ocular, portanto: 100 cm / 4 cm = 25.
            Você gostaria de dobrar este aumento? É só encaixar mais um monóculo dentro daquele que está preso na bucha marrom. Não se esqueça de revestir as paredes internas deste monóculo com a cartolina preta. Este revestimento e a pintura dos tubos DE e FG é para evitar a reflexão da luz dentro da luneta. Agora a imagem estará se formando a uns 2 cm da lente da ocular, o que facilita a observação.
            A peça L da figura 1 é um plug branco de esgoto de 2” e sua função é proteger a lente quando a luneta estiver fora de uso.
            Como você rapidamente perceberá, seu braço fica cansado ao segurar a luneta e a imagem tremerá muito. Se apoiar o braço em algo facilita a observação, mas o ideal é ter um tripé, para o qual damos a seguinte sugestão:
Fig. 1- Esquema explodido da luneta. L é um plug branco de esgoto de 50 mm de diâmetro, A é uma luva simples branca de esgoto de 50 mm de diâmetro, B é uma lente incolor de óculos de 1 grau positivo com 50 mm de diâmetro, C é um disco de cartolina preta com 50 mm de diâmetro e um furo interno de 20 mm de diâmetro, DE e FG são tubos brancos de esgoto de 50 mm e 40 mm de diâmetro, respectivamente, H é uma luva simples branca de esgoto de 40 mm de diâmetro, I I’’ é uma bucha de redução curta, marrom, de 40 X  32 mm e J é um monóculo (porta-retrato) de fotografia.

O tripé

            As dimensões dadas a seguir são sugestões, nada impede alterações. As letras maiúsculas usadas a seguir são referentes à figura 2. As peças A, B e L são três ripas de madeira de dimensões 1x4x40 cm; C é uma viga de madeira de 5x5x30 cm e H um cubo de madeira de lado 5 cm. As ripas A e B são fixadas na viga C conforme indica a figura 2, pelos pregos P1, P2, P3 e P4.
            Os furos GF e ED são de diâmetro 5/16” (cinco dezesseis avos de polegada). A profundidade de ED deve ser de uns 5 cm e ele estar a uns 10 mm de X medido ao longo da diagonal X X’’ (veja Fig. 3). O furo GF é passante e centralizado no cubo. Por estes furos (GF e ED) passe uma haste com aproximadamente o mesmo diâmetro e comprimento de uns 10 cm. Pode ser, por exemplo, um parafuso de 5/16” de diâmetro, com 10 a 15 cm de comprimento e de cabeça sextavada, ou até mesmo um tubo de caneta “quilométrica” pode ser usado. O bloco cúbico H deve poder girar livremente ao redor da haste que passa pelos furos GF e ED.
            Na ripa de madeira L faça um furo centralizado de 3/16”. Por esse furo passe um parafuso do mesmo diâmetro e comprimento de 3”. Este parafuso passa a ripa, entra no furo IJ (também de 3/16” de diâmetro e passante), pela extremidade J, por exemplo, e sai em I, em cuja extremidade coloca-se um porca-borboleta de 3/16”. A finalidade dessa porca-borboleta é apertar ou afrouxar a ripa L contra o cubo H. Onde vai afinal a luneta? Ela deve ser amarrada por elásticos ou tiras de borracha, ou abraçadeiras (ou barbantes) ao longo da tábua L. A luneta fica, assim, dotada de dois movimentos,: horizontal e vertical.
            Para usar a luneta sobre o tripé é preciso, antes de mais nada, paciência. O tripé deve estar apoiado em algo plano, de altura ligeiramente superior ao do observador; pode ser, por exemplo, um muro, uma mesa ou sobre uma cadeira que está sobre uma mesa, etc.
            Também nada impede que você use uma viga C de comprimento maior que 40 cm, ou que use duas vigas C fixadas uma ao lado da outra, com vários furos Y distribuídos ao longo de seu comprimento, perpendiculares ao seus eixos maiores, tal que sua altura possa ser regulada pelo deslocamento de uma das vigas C ao longo da outra. Estas vigas C podem ser, então, fixadas por 2 parafusos que atravessem as mesmas; veja uma ilustração na figura 3.
Fig. 2- Esquema fora de escala do tripé para a luneta. As dimensões das peças estão no texto.
Fig. 3- Esquema fora da escala, de sugestão de como fazer o tripé mais alto, usando duas vigas  (C ) em paralelo, com vários furos Y, pelos quais pode-se passar 2 parafusos que também passam por Z e Z’ e, assim, regular a altura do tripé

Conclusão

            Esta luneta permite ver as crateras lunares e seu relevo, principalmente quando observada durante as noites de lua crescente ou minguante. As maiores luas de Júpiter também são visíveis, desde que a nossa Lua não esteja presente e se observe a partir de um local escuro.
            Com esta luneta o professor poderá desmistificar a complexidade da construção da luneta astronômica e terá um experimento didático que despertará a curiosidade dos alunos para o tema de astronomia que estiver sendo estudado.
            Recomendação importantíssima: não observe o Sol através da luneta, pois poderá ficar cego.

sábado, 17 de setembro de 2011

Vida Melhor - Artesanato com Cláudia Gianini (atriz e artesã

Textura Granitado


Textura Granitado




O granitado

Embora simples e de fácil aplicação, requer um pouco de trabalho, para que a textura fique exatamente como você quer.
Assim, deve-se usar o batedor em primeiro lugar com a tinta predominante do fundo do granito escolhido.
Esta técnica é excelente para ser aplicada em tampos de bancadas de cozinha e copa ou, quando bem elaborada, em tampos de móveis, arcas, buffets, etc...
Os resultados são acima da expectativa.


Material necessario

Peça a ser texturizada
Verniz brilhante
Recipiente para o verniz
Pincéis comuns
Solvente para tinta esmalte (aguarrás ou similar)
Batedores tamanhos pequeno ,médio e grande (aproximadamente 1,5cm - 2cm e 2,5 cm)
Corantes para tinta esmalte
Tinta esmalte branca
Recipientes para os preparos da tinta (como esta técnica usa pouca quantidade de tinta), estas poderão ser preparadas em "forminhas de alumínio de empadas", como alternativa de baixo custo.
Fita adesiva gomada estreita. (2 a 3 cm é o suficiente

materiais para Textura Granitado



Vamos utilizar como única ferramenta os batedores e pincéis.
Você pode transformar o pincel em batedor. Para tanto, envolva as cerdas do pincel em formato redondo com fita gomada, deixando 1,5 aproximadamente das cerdas para fora.
pincel
Nem sempre um tamanho único de batedor é o suficiente,seria melhor ter uns 3 tamanhos (pequeno , médio e grande).

Preparo
Um recipiente com solvente aguarrás ou similar
Tintas coloridas já prontas e com a menor diluição possível, ou seja, esta técnica deve ser trabalhada com a tinta com a consistência mais grossa (espessa).

 Passo a passo
Com a peça ou a superfície já pronta de base branco neve, aplicar a tinta fundo do granito com o batedor.
Se houver dúvida de qual é a cor de fundo, dê preferência a mais clara. Em alguns granitos, fica difícil de se identificar qual é a cor do fundo.
Textura Granitado  inicio
Aqui está sendo aplicada, inicialmente, a tinta cinza mais clara, uma vez que o fundo da peça já é branco.
pintura  Granitado       desenho Textura Granitado
Retire o excesso de tinta do batedor numa folha de jornal, como na foto e inicie a pintura, batendo sobre a superfície, de forma espaçada.

Gratinado

Textura Granitado - parte 2


Pintura Granitado




Continuação do passo a passo

Se as cores do granito forem espaçadas, umas das outras, poder-se-á aplicar uma cor após a outra, uma vez que sobrará área em branco para sua aplicação.
Pintura Granitado  cores
Se o granito escolhido tiver as cores mais "juntas", ou seja, mais unidas, deve-se aguardar a secagem de uma para a aplicação da outra.
Ao bater na superfície com o batedor, meça a pressão que deve ser aplicada, num jornal a parte, e, em seguida, inicie na superfície.
        Pintura Granitado desenho

Pintura Granitado limpeza   Limpar o batedor com aguarrás.
Caso haja a necessidade de se aplicar cor branca ou outra qualquer para diminuir o efeito de uma cor mais escura, use o batedor da mesma forma .
Após a superfície ter ficado totalmente coberta com as diversas pigmentações, molhar um pincel limpo na aguarrás e sacudi-lo ou comprimir as cerdas contra os dedos e soltá-las para respingar aguarrás na superfície.
Pintura Granitado
Pode ser feito após cada aplicação de tinta, no caso de várias cores, esperar secar o solvente para continuar o trabalho (15 a 20 minutos).

Deixe que a própria aguarrás faça o trabalho de aumentar as marcas do batedor e ao mesmo tempo criar novos desenhos ao diluir a tinta onde foi respingada.
As partes de cor cinza médio são feitas desta forma. Após a aplicação das tintas preta, cinza médio e escuro, respiga-se aguarrás, que por si só diluirá onde cair, formando tons mais claros e unindo as manchas.
Sugerimos partir do fundo branco e aplicar o preto em segundo plano, em seguida os cinzas médio e escuro e depois aguarrás, salpicada sobre a superfície.
Não abuse da quantidade de solvente, sob o risco de manchar em excesso a superfície e estragar a textura. Este deve ser aplicado como se fossem gotículas, quase "spray".
Um pincel úmido de aguarrás é suficiente para se apertar as cerdas de longe e soltá-las de uma vez, pulverizando o solvente contra a superfície.
Aguardar a reação química da aguarrás com a tinta, que irá provocar "manchas" , assemelhando-se ao granito.


Pintura Granitado
Depois de seca, passe verniz incolor brilhante .
Tudo depende de um pouco de experiência, mas é muito fácil este tipo de granitado, faça várias tentativas em pequenos espaços, para saber ou depois de saber que tipo de desenho (granito) quer fazer.
Tente...

O esponjado com varias cores

Pintura Esponjada com 2 ou mais Cores


Pintura esponjado 2 cores 7

O Esponjado é uma textura muito simples mas que requer um pouquinho de treino, antes de começar no objeto final. Caso cada movimento se superponha em grande quantidade ao anterior, a textura ficará diferente para cada espaçamento que for dado entre os movimentos.
Recomendamos que em paredes, sejam feitas em tiras verticais, do teto ao piso, em faixas não maiores que 20 cm de largura, molhando-se e retirando-se o excesso sempre, procurando-se igualar a quantidade de tinta anteriormente usada.
Assim, as emendas podem ser feitas superpondo-se um pouco aos desenhos já feitos.
Esta pintura pode ser aplicada não só nas paredes, como em móveis, objetos, etc... dependendo do gosto de cada um.


Material necessario

. Peça a ser pintada
. Dois (2) pedaços de esponja
. Corantes
. Recipiente com água para o preparo das tintas
. Tinta branco neve
. Dois (2) recipientes para as tintas de cores diferentes
. Tintas nas cores desejadas
. Verniz Acrílico
. Pincel
. Uma folha de jornal velho .

material textura


Ferramenta principal

Esta técnica se utiliza somente de esponja comum, cortada do tamanho suficiente para se segurar entre os dedos como na foto ao lado.

ferramenta do esponjado



Passo a passo
A técnica exige somente o preparo das tintas coloridas e das esponjas.
tintas esponjado 2 cores
As tintas deverão ser diluídas conforme especificação do fabricante e as esponjas poderão ser utilizadas as comuns, vendidas em supermercados, devendo ser cortadas em pequenos pedaços conforme ilustradas na foto.

Molhe a esponja na tinta de cor azul . A quantidade de tinta na esponja definirá o grau de claridade da textura. Se muito molhada, ficará "borrada''.
Se mais enxuta, ficará mais riscada.
esponja para esponjado

esponjado 2 cores       execuçao do esponjado 2 cores
Retire o excesso de tinta num pedaço de jornal velho. Em seguida, inicie o movimento alternativo, mudando a direção da pintura, ora 45 graus à esquerda, ora 45 graus à direita, de forma que os desenhos fiquem perpendiculares entre si .

Esponjado com 2 ou mais Cores - parte 2


Textura esponjado 2 cores

1 . continuação.

desenho no esponjado 2 cores
Procure fazer sempre a mesma pressão sobre a esponja e o mesmo tamanho de traços, com movimentos suaves.
As emendas deverão ser feitas enquanto a tinta estiver bem fresca.
Deixe secar por uns 15 minutos, aproximadamente.
segunda cor esponjado
Molhe a esponja 2 na tinta 2 (cor salmão) e faça o mesmo movimento como o anterior, preenchendo os locais onde não tem tinta azul,
retirando excesso esponjado
Retire o excesso de tinta em uma nova folha de jornal velho, para que não se misturem as tintas nas esponjas e na superfície.
desenho esponjado
Termine de preencher todos os cantos da peça.
Esperar a peça secar bem e passar verniz, liquibrilho ou qualquer outro impermeabilizante para acabamento, visando proteger a pintura.

Testura esponjado 2 cores
No final, o trabalho deverá ficar como na foto